Com o monte de feriados que tivemos agora em novembro, resolvi tirar o atraso e ver essa série que tem tanta gente falando bem. Li algumas críticas, alguns amigos comentaram a respeito, então tomei coragem para me agarrar a uma maratona.
Confesso que antes de ler a sinopse, achei que tinha alguma coisa a ver com manifestações sobrenaturais, Deus sabe o motivo, e fiquei um pouco decepcionada quando vi que era um série mais investigativa que outra coisa.
Sinopse: A investigação acerca de um crime precisa acabar quando se sabe qual foi o crime e quem foi o criminoso? Quando uma jovem mãe de família comete um crime nefasto em público e se vê incapaz de explicar o motivo que a levou aquele estado de fúria súbito, um investigador se torna cada vez mais obcecado em entender as profundezas da psique da mulher, desenterrando os momentos de violência que ela tenta manter no passado, longe dos olhos do mundo.
Nada sobrenatural!
Bom, são oito episódios disponíveis na Netflix, o que ajuda bastante pessoas ansiosas, como eu, a obterem logo as respostas dos enigmas da história. Como eu disse aí acima, fiquei um pouco com o pé atrás (mais uma série de crime), mas a surpresa, ao começar a assistir, foi maravilhosa. The Sinner é viciante!
Que atuações. Jessica Biel e Bill Pullman estão maravilhosos. Jessica, como a perturbada Cora, se entrega ao papel, nos fazendo esquecer completamente qualquer outro papel duvidoso que ela tenha feito no passado. Bill Pullman é uma grata surpresa. Depois de tanto tempo sem dar as caras – depois de Independence day II (rsrs) – foi legal ver o ator novamente num papel tão cheio de camadas.
Pra quem não sabe, a série é baseada em um livro russo, escrito por Petra Hammesfahr, e consegue nos fisgar de um jeito bem doido, se pensarmos que desde o início sabemos quem é o assassino e temos todas as evidências de ato tão insano. A cada episódio, você consegue ser transportado às lembranças bem perturbadas de Cora, que envolvem uma mãe religiosa ao extremo e uma irmã que usa de sua condição frágil para manipulá-la como quiser. Senti pena da Cora desde o começo e admito que, sua vida quando criança, já teria sido um bom motivo para surtar a ponto de matar um desconhecido. Vendo a série e chegando ao seu desfecho – e que desfecho – só consegui pensar em como nossa mente é realmente um labirinto escuro. Pensei em como traumas podem nos mudar por completo, ainda que a gente não se dê conta, acreditando estar tudo bem.
Outra coisa que vale ressaltar aqui, é o fato da vida da Cora, como mãe e esposa, também não ser lá das mais legais, prova disso é a forma como o marido dela se comporta para agradar a mãe. Que raiva! E falando em marido, só eu notei como o ator é a cara do nosso Kit Harington?
No mais, apesar de alguns defeitos e pontas soltas, a série é uma grata surpresa, que merece suas horinhas. Você não vai se arrepender.
Pontos Positivos
Grandes Atuações
Diálogos inteligentes
Final de temporada bem inesperado
Pontos Negativos
Algumas pontas soltas (segunda temporada?)
Burrice da personagem principal no dia em que tudo aconteceu
Onde ver?
Netflix a temporada completa.
Vejam e voltem aqui pra comentar!
Bjos
Sonho ou Realidade 